"Eu tava só, sozinho. Mais solitário que um paulistano..." -Zeca Baleiro
Hoje eu me senti só. Ok, você vai pensar "Desculpa, mas pelos seus textos, você sempre se sente sozinha".
Tá, talvez você tenha um pouco de razão, mas me senti só de um jeito diferente.
Hoje me vi cheia de novidades, querendo dividir muitas coisas com alguém, querendo contar sobre a Antropologia e sobre o etnocentrismo. Hoje eu quis sentar com alguém numa calçada, num banco, no carro, na sala, na cama, e contar sobre tudo o que eu estou aprendendo, e sobre tudo o que eu tenho visto de tão inteligente na psicologia, e na minha vida nova. Vida nova que não inclui alguém que eu amo e gostaria que estivesse presente.
Eu sei que eu posso contar essas "coisas novas" pra outras pessoas, e que talvez pra quem eu queria/quero nem seja interessante, mas é diferente quando alguém participa da sua decisão e escolha e da sua expectativa para o futuro, mas não tá ali pra saber como está sendo.
Foi por isso que eu me senti sozinha de um jeito diferente. Por que esse alguém está distante.
Faz falta, a gente sabe que faz. Para alguns, com o tempo e acontecimentos rotineiros, diminuem, para outros aumentam. Sei lá, eu sei que o tempo é o melhor remédio para "tocar a bola pra frente". Mas hoje olho o tempo como um inimigo terrível. Esse tal de "tempo" nunca funcionou pra mim, assim como o passar dele, que hoje leva quem eu gostaria que estivesse aqui, embora.
Não tem dor nisso, não é terrivelmente triste e desastroso não dividir coisas sobre mim com alguém que gostaria, oras, nem sempre as pessoas estarão disponíveis e presentes na minha vida para gastar o tempo falando sobre minhas aulas de antropologia e debater sobre o "homem". Eu sei disso.
Mas é que hoje eu queria/quero TANTO você aqui pra me ouvir falar que nem uma gralha e não entender um terço, nem achar fascinante como eu acho... e depois de toda a paciência no mundo me falar "Nossa, que legal isso né? Mas agora chega, deita no meu peito um pouco e me beija".
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