12 de dezembro de 2011

E você que pulou os muros que eu construí ao meu redor, que derrubou minhas torres de vigia. Você que derreteu o gelo que cultivei durante todo esse tempo aqui dentro. Arrancou todas as minhas armas e escudos. Você e esse seu abraço que tem cheiro de proteção, seu beijo que tem gosto de um pedacinho de céu, essas mãos que seguram forte na minha cintura e me puxa para perto, dizendo que não vai soltar. Eu tenho medo de respirar, até mesmo de pensar, paraliso, olho o castanho escuro do seu olho, e imploro aos céus, ao universo, a qualquer coisa maior que exista, -que alguns talvez chamem de Deus, e eu ainda não sei do que chamar-, que você cumpra sua palavra e não solte. Imploro pra que você vá embora, mas que volte amanhã com o mesmo gosto de céu. com o mesmo cheiro de proteção. O aço que ficou derretido quando você me aqueceu, tomou outra forma, os muros se transformaram em jardins. O gelo voltou a forma inicial de coração acelerado. Então fica vai, fica mais um pouco, fica mais essa vida. Quem sabe eu consiga fazer alguma coisa por ti também.

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